Com aulas suspensas, escolas municipais e privadas recorrem à internet como solução

A Prefeitura de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, adiou novamente a volta às aulas na rede municipal de ensino. A reabertura das escolas estava prevista para a próxima segunda, mas agora será no dia 15 de abril.

As aulas estão suspensas pela Secretaria Municipal de Educação desde o dia 16 de março, considerando diversas recomendações, inclusive do Conselho Nacional de Educação.

E enquanto os estudantes não voltam às salas de aula, a Secretaria Municipal de Educação trabalha virtualmente para buscar uma forma de fazer chegar aos alunos um conteúdo de entretenimento e pedagógico durante esse período.

“Várias atividades estão sendo compiladas e um site específico para este conteúdo será disponibilizado a partir da próxima segunda-feira, 30 de março”, diz a prefeitura.

Muitas escolas privadas da cidade já adotaram o método online como forma de manter o aprendizado dos alunos durante o período de isolamento social.

O diretor do Educandário Miosótis, Ricardo Lengruber, conta que desde quando houve a determinação para que as aulas fossem suspensas, a escola adotou atividades a distância com estudantes da educação infantil até o ensino médio.

“Temos uma plataforma onde tem aulas virtuais, conferências, salas de discussão, tarefas, trabalhos, avaliações. Além disso, a gente montou uma sala de aula virtual no WhatsApp, com todos os pais e alunos da escola toda, separados por turma. O novo objetivo é que no horário que eles deveriam estar na escola, eles estejam no celular, no computador, estudando sobre a orientação dos professores que também estão à disposição e interagindo”, explica.

Ricardo, que também é presidente do Conselho Municipal de Educação, afirma que tem se reunido, pela internet, com um grupo de cerca de 50 escolas na região para todas seguirem uma rotina.

“Muitas não têm plataforma (online) como a gente tem. Mas na próxima segunda-feira todo mundo pelo menos começa, de um jeito ou de outro, a fazer esse tipo de atendimento aos alunos”, comenta.

Ainda de acordo com Ricardo, o conselho está em contato com a Secretaria de Educação para tratar questões relativas ao ensino às pessoas que não têm acesso à internet, como alunos da zona rural, de baixa renda ou que até mesmo não têm computador em casa. Dessa forma, novas iniciativas devem surgir nos próximos dias.