Bloco de enredo de Nova Friburgo corre o risco de ser despejado
Raio de Luar poderá ter que desocupar o espaço em que atualmente está a sua sede
28/08/18 - 15:30
Uma polêmica vem tomando conta de uma das principais agremiações do carnaval friburguense. Devido à ação que tramita na 3ª Vara Cível da Comarca de Nova Friburgo, o bloco de enredo Raio de Luar tem que desocupar sua sede, localizada no bairro de Duas Pedras, a qualquer momento.
De acordo com a diretoria do Raio de Luar, a agremiação foi surpreendida com o pedido da ação que pede a reintegração de posse do terreno que ocupa há 50 anos. O bloco alega ainda que houve acordo de comodato para a cessão do local e que o último foi firmado em janeiro de 2016, ainda no governo Rogério Cabral. Confira a nota na íntegra.
“A diretoria do Bloco Carnavalesco Raio de Luar foi surpreendida com uma ação na justiça iniciada em 2009 e liquidada em 2013, solicitando reintegração de posse do terreno que ocupa a 50 anos.Os dirigentes procuraram a Prefeitura, e protocolaram correspondência ao Prefeito Renato Bravo dia 18/01/2018, para tentar solucionar o problema, visto que existem acordos de comodatos renovados por vários Prefeitos o último por Rogério Cabral, datado de 18 de janeiro de 2016 válido por 10 anos.Até o presente momento nada foi resolvido e a qualquer momento o Bloco Raio de Luar pode ser despejado de Duas Pedras”, dizia a nota.
Já a Liga Independente das Escolas de Samba e Blocos de Enredo de Nova Friburgo (Liesbenf) afirmou que estava em contato com o Poder Executivo desde o dia 21 de agosto e entregou à Prefeitura, uma documentação da Justiça que previa a ordem de saída do bloco do espaço em Duas Pedras.
A Prefeitura de Nova Friburgo, por meio de nota, informou que “a respeito da situação do Bloco Raio de Luar, a Prefeitura de NovaFriburgo informa que, no momento, o Executivo não pode tomar nenhumaatitude a respeito porque se trata de uma questão de caráterparticular entre o proprietário do espaço onde está alocado o grupocarnavalesco e que, inclusive, está tramitando na esfera judicial.Somente após a decisão judicial, a Municipalidade pode se posicionar arespeito do que pode ser feito”.