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Alta do dólar afeta empresas e o bolso do cidadão

Saiba como a valorização da moeda americana afeta os gastos da população

Por Matheus Oliveira
12/06/18 - 16:16
Alta do dólar afeta empresas e o bolso do cidadão economia alta. | Banco de imagem

Com a alta dos juros americanos e a taxação sobre diversos produtos, o dólar vem subindo a níveis cada vez maiores e batendo recordes desde o início do governo Temer. Ultrapassando a barreira dos R$ 3,70, a valorização da moeda americana pode não parecer, mas influencia bastante no dia a dia do cidadão brasileiro e não apenas em quem planeja uma viagem para o exterior.

No caso de quem pretende viajar, a recomendação é se planejar, comprar dólar todo dia e garantir uma reserva. Mas você sabia que o preço do pão ou daquele macarrão de domingo também pode sofrer influência da alta da moeda americana?

O dólar alto puxa a inflação para cima e como boa parte das matérias-primas brasileiras são importadas, muitos itens do cotidiano sofrem aumento, como gasolina, macarrão e pão. O professor de economia da Universidade Cândido Mendes, Sidney Mathias, explica quem ganha e quem perde com a atual situação econômica.

“Depende de que lado você está. Se você é investidor, a alta do dólar pode te ajudar. Se você é um importador, ela vai te atrapalhar mais. Tudo tem um lado positivo para uns e ruins para outros. Para o consumidor geral, o dólar muito alto é ruim, pois temos duas bases que são cotadas em dólar que são a do combustível e a importação de matérias-primas. Exportamos combustível cru e importamos para consumo. Exploramos o petróleo e mandamos boa parte do bruto para ser refinado lá fora”, destacou.

Ainda segundo ele, “grande parte das matérias-primas, como os derivados do trigo, são importadas o que influencia no preço do pão, por exemplo”.

Para quem está exportando, a alta do dólar pode ser benéfica e gerar um lucro maior. Entretanto, a longo prazo, caso essa realidade ainda se sustente, isso pode fazer com que exportar renda um lucro menor e os produtos produzidos no país, como café, soja e açúcar, também sejam vendidos com acréscimo de valor.

E o que fazer para controlar este fator e manter a economia estabilizada? É nesta parte que entra o Banco Central, autoridade comercial brasileira e responsável por manter o controle das operações do comércio exterior. Neste caso, o BC tenta controlar o aumento da moeda americana, realizando operações chamadas swap que é a renovação de títulos que vencem no próximo mês. O swap é uma espécie de contrato futuro, onde o Banco Central oferece ao investidor o pagamento da oscilação do dólar, além de um prêmio. E o investidor pagará à autarquia federal, a diferença da taxa de juros no período. É como se os investidores apostassem que os juros vão subir mais que o dólar e o Banco Central projetasse o contrário, protegendo, assim, os investidores. Outra medida adotada, foi manter a Selic (taxa de juros), em 6,50 % ao ano.

“Até certo ponto, o Banco Central deve intervir para não deixar o mercado instável, mas não tentar controlar alta ou baixa, o que geraria mais instabilidade. Pararam de baixar a taxa para o mercado seguir atrativo e para que o fluxo de dólares se mantenha, o que diminuiria o impacto do aumento da moeda americana”, destacou. O professor ainda ressaltou que tudo isso depende também da reação do consumidor a alta ou as baixas dos preços.


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